
Você olha e sabe que ele é diferente, que com ele nada precisa ser dito, porque basta estar perto pra sentir. Como se conhecesse o desconhecido e ficasse desejando que aqueles dias jamais acabassem, ou temendo que aquele amor de verão achasse outra casa que lhe desse paz. É verdade que tudo ficava bem quando ele está por perto, e que toda insegurança, contando com seus pânicos temporários, vai embora. Seu cabelo, suas mãos... suas mãos. Não se atrevia a olhar em seus olhos, porque não queria que ele descobrisse que quando partisse, partiria a vida dela também. Foi muito duro quando ele se foi. Todos dizem que amores de verão quase nunca dão certo, mas esquecem de avisar o quanto dói, e acontecem choros, e arrependimentos, e lembranças, e mais e mais e mais... Nunca esqueceu o que aconteceu naquele curto tempo, e, embora tenha acabado, nunca se arrependeu de ter batido naquela porta e pedido pra entrar.
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